A diretoria do Palmeiras
continua inconformada com o rigor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva
(STJD), que na última quinta-feira, no Rio de Janeiro, puniu o meia Diego Souza
com um jogo de suspensão por acertar o braço no rosto do volante Fabrício, do Cruzeiro, na partida disputada no
último dia 14 de setembro, no Mineirão, que, na oportunidade, sequer mereceu o
cartão amarelo da arbitragem.
Gilberto Cipullo, vice-presidente de futebol do Palmeiras, convocou uma
entrevista coletiva nesta sexta-feira, na Academia de Futebol, para reclamar da
punição imposta a Diego Souza e exigir o mesmo rigor com os jogadores Léo, Réver
e Morales, do Grêmio, que foram
punidos severamente pelo STJD, mas estão atuando com a permissão de um efeito
suspensivo, que até o momento não foi julgado em Segunda Instância.
Palmeiras e Grêmio se enfrentam neste domingo, às 17h, no Palestra Itália,
pelo Campeonato Brasileiro.
Enquanto no clube paulista a punição foi tratada com revolta, no time gaúcho a
diretoria festejou ao afirmar que a justiça finalmente foi feita.
- A decisão do STJD no julgamento do Diego Souza foi inesperada. O
Palmeiras a considera ilegítima e infundada. Respeitamos o Tribunal, mas
exigimos uma uniformidade no tratamento com todos os clubes. O Grêmio teve
jogadores julgados e punidos em Primeira Instância, mas que estão atuando por
causa de um efeito suspensivo. Esperamos que eles sejam julgados novamente e
cumpram a pena no atual Campeonato Brasileiro e não em outra competição - diz
Cipullo.
Além de cobrar o mesmo rigor com os jogadores do Grêmio, o dirigente do
Palmeiras está preocupado com o novo julgamento do atacante Kléber, em data que
ainda será marcada, no Pleno do STJD, onde Diego Souza foi punido.
Kléber recebeu o cartão amarelo no empate sem gols diante do Figueirense, em Florianópolis, no
último dia 8 de dezembro. Mas ele foi denunciado por suposta cotovelada no
zagueiro Asprilla e, assim como Diego Souza, absolvido em Primeira Instância.
Porém, no Pleno do STJD, tudo pode acontecer.
- O Palmeiras manifesta o seu apoio ao Tribunal e sempre manda o advogado e
um dirigente para acompanhar os julgamentos. Mas a Fifa determina que o árbitro
é a autoridade máxima dentro de campo. Não podemos utilizar imagens para mudar
algo que foi visto em campo e que não mereceu punição por parte da arbitragem.
Confiamos na absolvição do Kléber - afirma o dirigente.
Cipullo também acredita na absolvição do técnico Vanderlei Luxemburgo, que
foi denunciado pela invasão ao gramado no clássico contra o Santos, no último domingo, na
Vila Belmiro. O comandante alviverde vai responder pelo artigo 274, cuja pena
varia de 120 a 720 dias de suspensão. O julgamento será na próxima
terça-feira, durante sessão da Segunda Comissão Disciplinar.
- A imagem é clara. O Luxemburgo não invadiu o campo com a intenção de
agredir alguém ou reclamar da arbitragem. Ele foi afastar os jogadores do
árbitro para evitar um tumulto. Uma punição alongada não tem base jurídica
- ressalta Cipullo.
Fonte: GloboEsporte